Como disse o Ratinho, há algumas semanas, no seu programa, quando uma criança nasce, o pai e mãe dizem: olha que lindo o meu garotinho, ou a minha garotinha, não outra coisa qualquer.
Quando crescerem, se por um capricho da Natureza, ou por preferência, quem vier a ser homossexual, ou seja lá o que for, é evidente que a família tem que aceitar, porque ninguém vai mandar um filho ou filha para fora de casa por questões ligadas às suas escolhas sexuais.
Eu sempre respeitei a diversidade sexual, convivendo harmoniosamente com pessoas que tenham preferências diferentes das minhas. Tenho convicção de que há espaço para todos vivermos em paz, mas, não aceito que tentem me fazer mudar porque alguém acha que eu estou errada. E tenho medo e repulsa por quem acha que sabe o que é melhor para mim, seja em que atividade da vida for.
O que não está certo é quererem, como queria o governo do PT, com data para entrar em vigor e tudo, que felizmente foi suspensa, obrigar todo mundo a aceitar a ideologia de gênero sem reclamar. Aí já é demais.
Por conta disso, eu decidi publicar o artigo a seguir, que foi o mais bem escrito de tudo que li até hoje, pois o advogado com o assina foi muito preciso nas suas colocações, que não inclui apenas o seu ponto de vista, mas, fala da falta de comprovação científica para essa teoria. Isso mesmo, teoria desprovida de argumentos consistentes. Boa leitura
Marilene Parente
----------------------------------------
Para começar a discutir a
questão do gênero, é preciso compreender que estamos diante de uma “agenda”
política internacional e não de um movimento espontâneo ou da defesa de
classes, como costumamos ouvir e ler.
O conceito de “gênero” foi
usado pela primeira vez no fim dos anos 60 pelo dr. John Money, psicólogo
neozelandês e professor da John Hopkins University, de Baltimore (EUA), que
manteve o termo restrito à área da psicologia.
O dr. Money sustentou que a
percepção que as pessoas têm de sua própria sexualidade, a qual denominou
“identidade de gênero”, dependeria simplesmente da educação recebida e poderia
ser diferente do sexo.
Essa teoria veio abaixo quando
o dr. Money usou como cobaia dois gêmeos canadenses, um deles educado como
menina e o outro, como menino. O gêmeo criado como menina passou a vida
sentindo-se diferente e não se encaixava neste papel. O fim da história?
O suicídio (o documentário Dr. Money e o menino sem pênis conta essa história
na íntegra).
Sequencialmente, entre os anos 60 e 80, o termo ganhou contornos de agenda política de grupos de estudos feministas, patrocinados por grandes fundações, nas maiores universidades americanas. Destacam-se duas autoras deste período, ambas apontando que, para a revolução ser completa, era necessário “abolir a família”.
Sequencialmente, entre os anos 60 e 80, o termo ganhou contornos de agenda política de grupos de estudos feministas, patrocinados por grandes fundações, nas maiores universidades americanas. Destacam-se duas autoras deste período, ambas apontando que, para a revolução ser completa, era necessário “abolir a família”.
Kate Millet (no livro The
Sexual Politics) expõe que seria por meio de uma sexualidade “polimorficamente
perversa”. E Shulamith Firestone, em seu livro The Dialectic of Sex, que avança
mais no pensamento revolucionário, afirma que “as mulheres e as crianças
deveriam ser libertadas para usar sua sexualidade como quiserem” e complementa:
“Devemos incluir a opressão das crianças em qualquer programa feminista
revolucionário (…) Nossa etapa final deve ser a eliminação das próprias
condições da feminilidade e da infância.
O tabu do incesto hoje é
necessário somente para preservar a família; então, se nós nos desfizermos da
família, iremos de fato desfazer-nos das repressões que moldam a sexualidade em
formas específicas”. Essa retórica foi baseada no pensamento de Friedrich
Engels e Karl Marx, no livro A Origem da Família, a Propriedade Privada e o
Estado, que define a família “patriarcal” como a primeira de todas as opressões
de classe.
Não há nenhuma base cientifica que sustente as hipóteses dos ideólogos de gênero. Mas, a partir dos anos 90 surge a maior expoente desta ideologia: Judith Butler, professora do Departamento de Retórica e Literatura Comparada da Universidade da Califórnia em Berkeley.
Não há nenhuma base cientifica que sustente as hipóteses dos ideólogos de gênero. Mas, a partir dos anos 90 surge a maior expoente desta ideologia: Judith Butler, professora do Departamento de Retórica e Literatura Comparada da Universidade da Califórnia em Berkeley.
No seu livro Gender Trouble –
Feminism and the Subversion of Identity, ela apresenta as ferramentas para a
abolição da família através da desconstrução da heteronormatividade, como
podemos ver: “Faremos [no terceiro e último capítulo do livro] um esforço para
subverter as noções naturalizadas do gênero que dão suporte à hegemonia
masculina e ao poder heterossexual, para criar problemas de gênero por meio da
confusão subversiva daquelas categorias que buscam manter o gênero como ilusões
fundadoras da identidade”.
Portanto, pode-se concluir por que esse ideário é chamado “ideologia de gênero”: trata-se de um conceito unicamente formado por retórica, agindo por meio de convencimento e persuasão, alienando a consciência humana. A afirmação dos ideólogos de gênero é de que nascemos neutros, sem sexo definido; que os órgãos sexuais, os hormônios e os cromossomos não dizem nada sobre a identidade do indivíduo.
Associações científicas têm se pronunciado sobre o tema. Conforme declaração do American College of Pediatricians de março de 2016, a sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva: XY (homem) e XX (mulher) são marcadores genéticos saudáveis – e não marcadores genéticos de uma desordem.
Portanto, pode-se concluir por que esse ideário é chamado “ideologia de gênero”: trata-se de um conceito unicamente formado por retórica, agindo por meio de convencimento e persuasão, alienando a consciência humana. A afirmação dos ideólogos de gênero é de que nascemos neutros, sem sexo definido; que os órgãos sexuais, os hormônios e os cromossomos não dizem nada sobre a identidade do indivíduo.
Associações científicas têm se pronunciado sobre o tema. Conforme declaração do American College of Pediatricians de março de 2016, a sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva: XY (homem) e XX (mulher) são marcadores genéticos saudáveis – e não marcadores genéticos de uma desordem.
A norma da concepção humana é
ser masculino ou feminino. A sexualidade humana é planejadamente binária, com o
propósito óbvio da reprodução e da prosperidade da nossa espécie. Esse
princípio é autoevidente. E continua, dizendo que ninguém nasce com um gênero.
Todos nascem com um sexo biológico. E ainda faz uma advertência: ”Condicionar
as crianças a acreditar que uma vida inteira de personificação química e
cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável é abuso infantil.
Apoiar a discordância de
gênero como normal através da educação pública e de políticas legais confundirá
as crianças e os pais, levando mais crianças a procurar ‘clínicas de gênero’,
onde tomarão drogas bloqueadoras da puberdade. Por sua vez, isso garantirá que
elas ‘escolherão’ uma vida toda de hormônios cancerígenos e tóxicos e
provavelmente considerarão passar por uma mutilação cirúrgica desnecessária de
partes saudáveis do seu corpo ao chegar à vida adulta”.
Recentemente, no Brasil, a AMD, associação de médicos que estudam questões de diversidade, entre eles o gênero, sustentou a declaração da American College of Pediatricians e completou, advertindo que não há nenhuma base cientifica que sustente as hipóteses dos ideólogos de gênero e que, portanto, não se justifica aplicá-la na educação; isso seria fazer de nossas escolas laboratórios e de nossas crianças, cobaias.
Mas por que tanta pressão em aprovar e implementar na legislação nacional uma ideologia que comprovadamente não tem fundamentação cientifica? Para responder a esta pergunta, é necessário resgatar o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, no seu Decreto 7.037, de 21 de dezembro de 2009, em que se proclama o “Objetivo Estratégico V” (pagina 98, item d): “Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade”.
O projeto – por enquanto, frustrado – era implementar a ideologia de gênero no sistema educacional brasileiro através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será homologada e terá vigor no próximo ano em todas as escolas do país, públicas e privadas.
Recentemente, no Brasil, a AMD, associação de médicos que estudam questões de diversidade, entre eles o gênero, sustentou a declaração da American College of Pediatricians e completou, advertindo que não há nenhuma base cientifica que sustente as hipóteses dos ideólogos de gênero e que, portanto, não se justifica aplicá-la na educação; isso seria fazer de nossas escolas laboratórios e de nossas crianças, cobaias.
Mas por que tanta pressão em aprovar e implementar na legislação nacional uma ideologia que comprovadamente não tem fundamentação cientifica? Para responder a esta pergunta, é necessário resgatar o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH3) da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, no seu Decreto 7.037, de 21 de dezembro de 2009, em que se proclama o “Objetivo Estratégico V” (pagina 98, item d): “Reconhecer e incluir nos sistemas de informação do serviço público todas as configurações familiares constituídas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), com base na desconstrução da heteronormatividade”.
O projeto – por enquanto, frustrado – era implementar a ideologia de gênero no sistema educacional brasileiro através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que será homologada e terá vigor no próximo ano em todas as escolas do país, públicas e privadas.
Assim foi feito em vários
países, nos quais observamos um alarmante número de crianças confusas sobre o
próprio sexo – um exemplo é a Inglaterra, que nos últimos cinco anos registrou
aumento em 1.000% do número de crianças que se submetem a tratamento
transgênero. Porque é isso que a ideologia de gênero faz: desconstrói a
identidade humana por onde passa.
(*) João Luiz Agner Regiani é advogado. Publicado originalmente na Gazeta do Povo
(*) João Luiz Agner Regiani é advogado. Publicado originalmente na Gazeta do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário